Designer de interiores: «Eu não escolheria mais cadeiras estofadas dessa cor»

A especialista revelou quais decisões ela não repetiria hoje e quais materiais prefere para criar interiores aconchegantes e fáceis de cuidar. Assim como em outras áreas, os especialistas em design de interiores transformam a sua experiência em conhecimento para os outros. O método de tentativa e erro ajuda a rever as tendências possíveis e a tomar decisões mais acertadas no futuro. Laura Martínez, uma conhecida designer de interiores, decidiu contar quais erros de design de interiores cometeu na sua própria casa e que hoje não repetiria.

«Por mais experiente que se seja, há sempre detalhes que escapam», disse ela numa entrevista à revista El Mueble. Com o tempo, esses pequenos erros transformaram-se em lições valiosas. Desde materiais que pareciam práticos, mas acabaram por ser um problema, até cores que prometiam aconchego, mas sobrecarregavam o interior. Recomendações da especialista:

1. Cadeiras estofadas em veludo cinza escuro: são elegantes, mas pouco práticas

«Quando escolhi as cadeiras estofadas nesta cor, achei-as elegantes e práticas. Mas, com o tempo, percebi que elas parecem um pouco severas e não são fáceis de manter limpas», disse a especialista. O veludo cinza teve o seu momento de glória, mas na vida real é um tecido delicado e difícil de limpar. Atualmente, Martinez prefere estofos de linho, algodão lavado ou misturas, que são mais frescos e aconchegantes. «Os tons naturais, pedra ou areia, são muito mais versáteis e fáceis de combinar», explicou ela.

2. Candeeiros com bolas de cristal: modernos, mas frios

Os candeeiros com bolas de cristal tornaram-se populares em salas de estar e salas de jantar. No entanto, na opinião da designer de interiores, «são demasiado monótonos e um pouco frios». Embora dêem um toque retro ao interior, podem tornar-se impessoais se não forem equilibrados com materiais quentes. Ela aconselha a escolher candeeiros com abajures de linho, estruturas antigas de latão ou fibras trançadas. Eles adicionam textura e uma luz mais suave.

3. Mesa de vidro com suporte central: bonita na foto, fria na casa

«Ela era bonita na foto, mas, ao conviver com ela, percebi que faltava calor», reflete ela. As mesas de vidro podem parecer práticas devido à sua leveza visual, mas também podem arrefecer o espaço. «Prefiro a madeira, que confere textura, vida e torna a sala de jantar mais acolhedora», explica ela.

4. Excesso de cinza: uma cor que acabou por se tornar enfadonha

«Era uma cor muito popular e parecia que tudo tinha de ser cinza», recorda ela. Mas o seu uso excessivo acabou por tirar o calor a muitos espaços. «Hoje, continuo a usá-la em pequenos detalhes. No entanto, gosto muito mais de combiná-lo com tons quentes, que tornam a casa mais aconchegante”, explica ela. Para equilibrar, ela sugere adicionar tons de bege, areia, terracota ou rosa. Ela também sugeriu escolher tecidos como linho, lã ou algodão grosso para dar relevo e suavidade.

5. Almofadas demasiado «perfeitas»: o segredo está na mistura

«Antes, eu adorava combinar almofadas, quase como numa montra», conta ela, rindo. Mas, com o tempo, percebeu que essa perfeição tira a vida do ambiente. Agora, a especialista prefere combinações mais descontraídas: diferentes texturas, tamanhos e cores que conferem naturalidade ao sofá. O seu segredo é manter uma linha geral, sem cair na simetria exata. Almofadas de linho lavado, lã trançada ou veludo lavado, combinadas de forma informal, criam um efeito mais acolhedor e autêntico. Após as suas recomendações, a designer de interiores comentou: «Na decoração, os erros também fazem parte do processo». Esta etapa aproxima-nos das melhores escolhas em design de interiores.

Silvia/ author of the article

O meu nome é Silvia. Escrevo artigos que o ajudarão na sua vida quotidiana. Eles ampliarão os seus conhecimentos e pouparão o seu tempo.

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