O país avança com um ambicioso projeto militar que lhe permitirá assumir uma posição de potência marítima no hemisfério sul. Enquanto as principais potências mundiais reforçam as suas forças armadas com tecnologias de ponta, a América Latina também começa a dar passos estratégicos na área da defesa. Nesse contexto, um dos países da região anunciou que, em 2034, colocará em operação o seu primeiro submarino nuclear, o que será um marco histórico no desenvolvimento militar do continente. O projeto inclui a concepção, construção e entrada em operação de um sistema de propulsão nuclear próprio, com o objetivo de proteger recursos estratégicos e rotas comerciais no Atlântico Sul.
Que país da América Latina irá desenvolver um submarino nuclear?
O país que lidera este ambicioso plano é a Brasil, que será o primeiro da América Latina e o único do hemisfério sul a operar um submarino com propulsão nuclear. A embarcação se chamará Álvaro Alberto, em homenagem ao almirante que promoveu pesquisas na área de energia nuclear no país, e fará parte do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB).

Como será o novo submarino nuclear brasileiro?
O SN Álvaro Alberto será um submarino com propulsão nuclear, projetado para uma operação prolongada sem necessidade de reabastecimento. Ele poderá permanecer submerso por vários meses, percorrer grandes distâncias e atingir velocidades superiores às dos submarinos convencionais. Com um investimento de cerca de 300 milhões de euros, o projeto também inclui a construção de quatro submarinos convencionais da classe Riachuelo. Três deles já estão em operação ou em fase de testes, e o submarino nuclear está em fase de montagem.
Por que a Brasil aposta num submarino nuclear?
O principal objetivo do PROSUB é proteger a chamada «Amazônia Azul», uma vasta zona económica exclusiva que abrange milhões de quilómetros quadrados de território marítimo, rico em petróleo, gás e biodiversidade. O submarino nuclear permitirá que o Brasil observe, proteja e contenha ameaças em suas águas com maior autonomia e poder estratégico. Com este projeto, o Brasil entra para o seleto grupo de países que possuem energia nuclear nas suas forças navais, desafiando o domínio tradicional das potências mundiais, como os EUA, a Rússia, a China, a França e o Reino Unido.
