Cidade submersa com 6000 anos intriga os cientistas, pois as suas construções parecem demasiado avançadas para a época

Uma expedição descobriu construções no Mar das Caraíbas tão precisas que parecem ter sido construídas por uma civilização avançada. A sua profundidade e antiguidade desafiam tudo o que a arqueologia considerava possível A arqueologia há décadas que avisa que ainda não compreendemos totalmente o nosso passado distante. Mas poucas descobertas causaram uma mistura tão poderosa de entusiasmo, desconforto e perplexidade científica quanto a descoberta de estruturas subaquáticas nas águas do Mar do Caribe, que, segundo os investigadores, podem ter mais de 6000 anos… e um nível de planeamento urbano que não corresponde a nenhuma civilização conhecida da época. O que começou como uma busca rotineira levou a um mistério que há duas décadas não tem uma explicação definitiva.

Padrões impossíveis no fundo do mar

A história começou quando uma equipa de engenheiros navais estava a fazer uma varredura do fundo do oceano usando tecnologia de sonar. Eles estavam à procura de restos de navios naufragados, mas o que apareceu nos ecrãs não correspondia a navios naufragados. As formas eram demasiado organizadas, demasiado simétricas para serem resultado do acaso.

As imagens mostravam o que pareciam ser:

  • Grandes estruturas piramidais
  • Linhas retas e ângulos de 90 graus
  • Padrões circulares perfeitamente nítidos
  • Alinhamentos que lembram avenidas, praças e edifícios

Mesmo para especialistas acostumados a interpretar imagens sonoras, isso era intrigante. A quase 700 metros de profundidade, num local onde nunca deveria ter existido um assentamento urbano, destacavam-se os contornos do que parecia ser uma cidade inteira. A equipa descreveu essas formações como uma «paisagem urbana» congelada no tempo. E aí surgiu o problema: para que essas estruturas estivessem na superfície, o nível do mar deveria estar centenas de metros mais baixo. Isso significaria que o povoado teria surgido muito antes do aparecimento do homem no continente, de acordo com os modelos arqueológicos aceitos. A cronologia não batia. E, no entanto, os padrões permaneciam no lugar, nítidos, repetitivos, harmoniosos entre si. O suficiente para iniciar uma das discussões mais controversas da arqueologia moderna.

Um cenário inesperado: expedição ao largo da costa de Cuba

Foi lá, na península de Guanahacabibes, no extremo oeste de Cuba, que a engenheira naval Paulina Zelitzky e a sua equipa descobriram essas formações. Eles trabalhavam para uma empresa canadiana especializada em pesquisas subaquáticas e sua tarefa era encontrar naufrágios coloniais. Em vez disso, descobriram o que descreveram como «estruturas urbanas» em grande profundidade. A partir desse momento, as pesquisas se dividiram em duas direções principais. De um lado, os céticos. Geólogos e oceanógrafos afirmam que os blocos, linhas e pirâmides podem ser formações naturais, resultado de falhas basálticas, movimentos tectónicos ou erosão prolongada. Eles apontam que o cérebro humano tende a reconhecer padrões familiares mesmo em objetos aleatórios.

Por outro lado, há aqueles que afirmam que a localização dos objetos parece precisa demais para ser acidental. Seguindo essa linha de pensamento, as estruturas poderiam pertencer a uma civilização que existiu muito antes das que conhecemos e foi destruída por um fenômeno natural catastrófico, que coincidiu com o fim da última glaciação. Muitos associam isso às antigas lendas caribenhas sobre ilhas que «desapareceram debaixo d’água». A principal dificuldade é de natureza técnica e económica: a uma profundidade de 600-700 metros, para realizar uma expedição exaustiva, são necessários equipamentos modernos, robôs subaquáticos e investimentos milionários. Nada disso foi realizado. E sem provas físicas — amostras de rochas, restos cerâmicos ou quaisquer elementos inequivocamente humanos — a discussão ficou em suspenso, entre o mistério e a ciência.

Um mistério que permanece sem solução há duas décadas

Desde 2001, não foram realizadas novas pesquisas oficiais nesta área. As imagens obtidas na época continuam a alimentar o debate atual. Alguns arqueólogos apontam paralelos com outros objetos controversos, como Göbekli Tepe, que recuou a cronologia do aparecimento dos primeiros templos em milhares de anos; o monumento subaquático de Yonaguni, no Japão, com as suas plataformas e cortes retilíneos; e as ruínas submersas na Grécia, Índia ou na parte oriental do Mediterrâneo, onde a erosão marinha dificulta a interpretação. Mas o caso cubano tem uma componente ainda mais persistente: a profundidade. Para os geólogos, é extremamente difícil imaginar que uma cidade inteira possa estar a 600 metros de profundidade debaixo de água em apenas alguns milénios. Para os defensores da hipótese alternativa, a chave pode ser um abaixamento tectónico repentino ou o colapso da plataforma continental.

Entretanto, essa descoberta tornou-se um fantasma científico. Alguns consideram-na um erro de interpretação, outros, uma oportunidade perdida que poderia reescrever a história das primeiras sociedades humanas. Até agora, não há consenso. Não há provas convincentes. Não há financiamento para continuar as pesquisas. Há apenas um conjunto de padrões impossíveis, registrados por um sonar há mais de vinte anos, e uma questão que permanece em aberto: será que realmente sabemos quando começou a história da nossa civilização? A arqueologia há décadas nos alerta que ainda não compreendemos totalmente o nosso passado distante. Mas poucas descobertas causaram uma mistura tão poderosa de entusiasmo, desconforto e perplexidade científica quanto a descoberta de várias estruturas subaquáticas nas águas do Mar do Caribe que, segundo os investigadores, podem ter mais de 6.000 anos. e um nível de planeamento urbano que não corresponde a nenhuma civilização conhecida da época. O que começou como uma busca rotineira levou a um mistério que, há duas décadas, ainda não tem uma explicação definitiva.

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